21 de fev. de 2011

Recordar sempre é viver!


Semana passada, vi alguém comentando no twitter a guerra de comida no café da amanhã entre o casal Jacques Leclair e Clotilde – Alexandre Borges e Juliana Alves - de Ti Ti Ti. A indagação era se a cena tinha a intenção de homenagear a mais conhecida batalha de comidas que aconteceu entre a Fernanda Montenegro e o Paulo Autran em Guerra dos Sexos. (cena clássica da televisão brasileira)

Lendo o tweet me lembrei da célebre citação do Antoine-Laurent de Lavoisier: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”/copia. Sim, copiar nem sempre é sinônimo de algo negativo, ainda mais num produto como a telenovela que existe há a quase 60 anos e que opera a partir do reconhecimento do telespectador.

A certeza que o copiar ou até mesmo o refazer vem dando certo, são os inúmeros remakes que a Globo, principal produtora de teleficção nacional, vem fazendo nos últimos 15 anos. Suas tramas das 18h só têm emplacado com histórias revisitadas e a única a fugir desse carma foi a recente Escrito nas Estrelas da Elisabeth Jhin. O restante não conseguiu manter a audiência e algumas foram até encurtadas.

A atual prova viva de que novelas antigas fazem o maior sucesso, é o remake de Ti Ti Ti, no horário das 19h, uma adaptação da Maria Adelaide Amaral de duas telenovelas do Cassiano Gabus Mendes, a Plumas e Paetês de 1980/81 e Ti Ti Ti de 1985/86.

A trama que mescla o romântico triângulo amoroso entre Marcela, Renato e Edgar a desmedida guerra entre Ariclenes Martins e André Spina, inimigos desde a infância que passam a competir no mundo da moda. O Ariclenes travestido de Victor Valentim, um espanhol pra lá de paraguaio que produz através dos desenhos de uma paciente com problemas mentais e André que adota a marca Jacques Leclair, um nome com o toque francês, que só convence as suas clientes tidas como “suburbanas”.

A união das tramas que tem como pano de fundo o mundo da moda caiu como uma luva em um horário que vinha tendo problemas com a fracassa “Tempos Modernos”. O meu destaque mais que especial vai para a Cláudia Raia no papel da Jaqueline Maldonado. Tem muito tempo que não via a Cláudia fazer um personagem cômico e tão sentimental ao mesmo tempo. Não se pode negar que ela nasceu para a comédia. E a cena em que ela aparece dançando Ilare Lariê numa festa dos anos 80, acompanhada do Jacques logo nos primeiros capítulos está impagável. O trio Murilo Benício, Alexandre Borges e Cláudia Raia merece no mínimo 50% dos méritos do sucesso deste remake.

A parcela romântica e que nos faz suspirar ficou sob a responsabilidade do belo casal Marcela Andrade e Edgar Sampaio – Ísis Valverde e Caio Castro – que aos trancos e barrancos se apaixonaram, passaram a viver uma relação quase que clandestina e quando todos acreditavam que o casal seria feliz para sempre, eis que surge o também galã Renato Vila – Guilherme Winter – e retoma as atenções da moça.

A trama chegará ao fim em março e levará com ela os louros de alcançar o sucesso de público e crítica, tendo a certeza que sempre será uma das mais pedidas no Vale a Pena Ver de Novo.


15 de fev. de 2011

A primeira vez a gente nunca esquece


Hoje eu tive a tão temida primeira reunião com a minha orientadora. Bom, o que dizer!! Estou em pânico!! Sei que sempre estudei telenovela e gosto muito dessa área o que me ajuda imensamente, mas, ainda assim estou enveredando por uma linha de pesquisa que me é desconhecida e o novo sempre me assustou, preciso aprender a lidar com o novo.

Enfim, os laços e idéias foram se estreitando e já tenho até idéia de por onde começar e do meu primeiro capítulo. (um salve para o meu primeiro capítulo que só está na minha cabeça, iup!) Ele será um retrospectiva sobre os grandes vilões das telenovelas brasileiras, então, com certeza veremos Leôncio - Rubens de Falco - da Escrava Isaura de 1977; Odete Roitman – Beatriz Segall – de Vale Tudo em 1988/89 e os mais recentes em nossa memória como Laura – Claúdia Abreu – de Celebridade em 2003/04; Olavo – Wagner Moura – de Paraíso Tropical em 2007 e a Flora – Patricia Pillar – de A Favorita em 2008/09.

Bom, após definir por onde devo começar, quem devo ler e a minha já futura banca, só me resta cair literalmente de cabeça nas minhas leituras. Apesar do nervosismo inicial, tenho certeza que tudo me dará um enorme prazer, por que gosto de telenovela, gosto de ser convencida pelos personagens e por seus atos justos ou injustos.