27 de mar. de 2011

Mordendo e Assoprando com Walcyr Carrasco


Tecnologia, humor leve, caras carimbadas e uma história bem costurada é o que promete a nova trama das 19h da Rede Globo, Morde e Assopra de Walcyr Carrasco. A novela tem o dever de manter a audiência conquistada pelo excelente remake de Ti Ti Ti, produzido pela Maria Adelaide Amaral, que chegou ao fim com grande aprovação da crítica e do público, uma prova disso foi a grande audiência alcançada no decorrer desses 8 meses.

O casal principal de Morde e Assopra traz o já famoso protagonista das 19h, Marcos Pasquim, como o grosseirão Abner e Adriana Esteves como a moçinha Júlia, mulher arredia, dona de si e que não leva desaforo para casa. Após as primeiras cenas, a minha mãe – minha eterna referência – logo falou: - Até parece às mesmas brigas de Catarina e Petruchio de “O Cravo e a Rosa”. Sim, aquela deliciosa novela das 18h que se passava na déc. de 20, escrita pelo próprio Walcyr Carrasco. A história tinha Adriana e Eduardo Moscovis como o casal principal que vivia em constante pé de guerra. Como já disseram nada se cria, tudo se transforma.

No quesito semelhanças, fazendo moçinhas ou vilãs/papéis principais ou secundários a Adriana Esteves sempre traz consigo gestos típicos. Já o fazendeiro, Abner, interpretado pelo Pasquim, que fisicamente pouco se diferencia do papel Moscovis, tem o sotaque igualzinho, talvez com “erres” mais puxados e fala mais atual, mas de resto está naquele esquema de recordar é viver. Entretanto, quem teria coragem de culpar Walcyr Carrasco por isso?

Morde e Assopra conta a história de Júlia que após anos no Japão volta ao Brasil para fazer a grande escavação de sua vida. Contudo, para que isso ocorra, ela precisa convencer Abner, o dono do cafezal que ela pretende derrubar para descobrir um tiranossauro. Após inúmeras brigas eles se descobriram apaixonados e o resto, bom, todos nós já sabemos.

A nova história a ser contada por Walcyr vai unir o melodrama comum que já conhecemos, com o futurismo dos robôs japoneses e a tão sonhada inteligência artificial. Isso ficará sob a responsabilidade do Mateus Solano e da Flávia Alessandra. Ele vive o cientista Ícaro que ao perder sua mulher sonha em recriá-la mesmo que de forma mecânica; ela está responsável por dá vida o andróide Naomi, que descobrirá o amor, sem saber exatamente o que é esse sentimento.

Podemos dizer que a tecnologia vai ser o diferencial, entretanto, será a velha e boa história água com açúcar, o tempero deste novo melodrama carrasquiano. É esperar para ver!!