24 de mai. de 2011

Então Lopes, agora é só nós dois!



“Pois é Lopes, a partir de hoje eu voltei. [pausa] Não dizem que a felicidade tem um preço? To chegando à conclusão que terapia é que nem ginástica, se você pára, toda a resistência adquirida tomba. Eu sei que você me deu alta, disse que eu tava pronta pra parar, mas que culpa eu tenho se a vida, ela não pára. Pra mim Lopes, ser amada-amante só fica bem em música do Roberto Carlos. Quem foi que me ensinou que amantes são destruidoras de lares? O ideal seria pular fora né? Mas eu gosto de optar pela felicidade, fazer o quê!?” - primeiro diálogo de Mercedes com Lopes, seu psicólogo, no início da temporada, 5 de abril.

Se reinventar! Este é o melhor verbo para definir o propósito da atriz Lilia Cabral, a dona do Divã. Muito conhecida pelos diferentes personagens já interpretados, a atriz encerrou ontem (24), a 1ª temporada de Divã, inspirada no filme de excelente bilheteria e grande repercussão nacional. A série é sim uma continuidade do filme, com novos personagens e novos direcionamentos para os já existentes, não se fazendo necessário um Divã 2. Thanks God!.. estou cansada das continuações de filmes que dificilmente alcançam 1/3 das expectativas da crítica e do público.

A série retrata as mais variadas situações do cotidiano de Mercedes.. mãe, mulher e artista plástica. As histórias são contadas pela personagem ao seu psicólogo Lopes e vão dos mais cômicos relatos a sentimentos mais profundos. É praticamente impossível não se comover com as lágrimas e os risos na nossa narradora, a sensação de intimidade e cumplicidade entre o personagem e os telespectadores é inevitável.
Assim como no filme, o seriado é leve e com pingos de dramalhões, não devendo nada aos nossos "vizinhos mexicanos". O elenco têm um conjunto pequeno e muito bem afinado: temos a descolada amiga Tânia – Totia Meirelles -, o vizinho loucamente apaixonado pela Mê, apelido carinhoso dado pelo gerente de banco, Jurandir – Marcello Airoldi -, a empregada alcoviteira Natália - Lidiane Ribeiro - e os dois filhos-parceiros Bruno e Thiago, vividos respectivamente por Duda Nagle e Johnny Massaro.

O destaque fica por conta do cabeleireiro Renée, personagem do talentoso Paulo Gustavo, que no filme ficou conhecido pelo bordão “repica Renée, repica”. O Renée é aquele amigo para todas as horas e para todas as dúvidas, ele está no concerto de um corte malfeito a cura das desilusões amorosas de Mercedes. O jeito falastrão, espevitado e brasileiro do personagem não nos engana, é mais um a entrar na história da TV brasileira. Sinceramente, espero que a despedida seja na verdade um até logo e se dependesse de mim a série teria uma vida longíssima.

2 comentários:

Daza Moreira disse...

A série ficou realmente bem legal e o mais interessante foi ter ficado com esse gostinho de quero mais. Não esgotou. Genial!

Danielle Antão disse...

Eu sinceramente acho que a emissora só tem a ganhar investindo em projetos curtos! Pelo visto já perceberam isso!